Foto: Vinicius Becker (Diário)
No dia 2 de abril, a Secretaria Estadual da Reconstrução Gaúcha aprovou o projeto da nova ponte sobre o Arroio Grande, na RSC-287, para o local onde a estrutura antiga foi derrubada pela enchente em 30 de abril de 2024. Quatro meses depois, nada ainda de obra. E pior: até agora, não foi aprovado o projeto do acesso à ponte, pois será preciso construir uma duplicação lateral de 800 metros para desviar o tráfego para a nova estrutura sobre o Arroio Grande. E falta aprovar o aditivo, com valores extras a serem pagos à Rota, que fará a obra.
Na terça (5), questionei novamente a Secretaria da Reconstrução, e a resposta é que ainda não houve a aprovação e não há uma data prevista. O que ainda emperra a aprovação é a mudança do material do aterro, que pelo contrato do Estado com a Rota, seria de terra. Mas devido à forte enchente e à necessidade de fazer uma rodovia mais resistente, foi alterado para um aterro de pedra, que é mais caro. Esse custo a mais que o Estado precisa bancar e, para não se complicar com o Tribunal de Contas, necessita ter tudo bem documentado e justificado, para evitar responsabilizações e punições futuras.
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Independentemente do problema, o certo é que a obra da ponte e do aterro ainda não começaram e não têm data para iniciar. Quando esteve em Santa Maria no aniversário de Jorge Pozzobom, o governador Eduardo Leite disse que a obra começaria em julho. Já na metade de julho, o Estado deu nova previsão, com o início da obra prometido para agosto. Porém, há sério risco de não ser cumprindo também.
Outro problema é que também não há prazo para iniciar a reconstrução dos demais trechos destruídos pela enchente, como a nova ponte do Arroio Barriga e as novas pistas nos pontos destruídos pela correnteza em Candelária e Venâncio Aires. A propósito: em 30 de agosto, a tarifa do pedágio, que hoje é de R$ 5, poderá ser reajustada.
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